fontes: G1 e Metrópoles
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), concendeu, na tarde desta sexta-feira (3/2), liberdade provisória ao ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Fábio Augusto Vieira. O Cel Fábio estava detido desde 10 de janeiro, e é investigado por suspeita de omissão na contenção dos atos golpistas cometidos por bolsonaristas radicais no dia 8 de janeiro.
A defesa do ex-comandante-geral pediu a soltura após a divulgação do relatório do interventor da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli.
O documento expedido por Moraes aponta que, em seu relatório, o ex-interventor federal da Segurança Pública do DF, Ricardo Cappelli, afirma que Vieira "não teria sido diretamente responsável pela falha das ações de segurança que resultaram nos atos criminosos ora investigados", apesar de ser o então comandante da PM.
"Além de apontar que o investigado esteve presente na operação, foi ferido no combate direto aos manifestantes e não teve as suas solicitações de reforços atendidas", declara Moraes, ainda citando o relatório de Cappelli.
O ministro do STF diz que a conclusão do interventor reforça as alegações do ex-comandante que, durante depoimento para a Polícia Federal, procurou o GDF a fim de desmobilizar o acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
Segundo apurado pelo G1, Vieira afirmou que, enquanto era comandante da Polícia Militar, tentou, por duas vezes, desmobilizar o acampamento e que chegou a mobilizar cerca de 500 policiais militares, mas não obteve êxito por pedido do próprio Exército.
Moraes determinou medida cautelar de proibição de que Fábio Augusto vieira deixe o Distrito Federal sem comunicação prévia ao Supremo. Caso a medida seja descumprida, o ex-comandante será preso preventivamente.
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