Matéria publicada hoje pelo G1 revela o mapa dos Grupos Armados do Rio, com três facções do tráfico juntas dominando 15,4% do território da capital. Confira o conteúdo publicado pelo portal:
Uma pesquisa inédita sobre a expansão de organizações criminosas no Rio revela que milícia e tráfico estão presentes em 96 dos 163 bairros da cidade. Nessas áreas subjugadas vivem cerca de 3,76 milhões de pessoas, do total de 6.747.815 habitantes — segundo estima o IBGE.
O estudo, batizado de Mapa dos Grupos Armados do Rio de Janeiro, identificou que milicianos controlam área maior do que traficantes de drogas na capital fluminense.
Resumo
Levantamento aponta que:
2,1 milhões de pessoas (33% da população) vivem em área sob o comando de milícias;
1,1 milhão de pessoas (18,2% da população) vivem em área dominada pelo Comando Vermelho;
337,2 mil pessoas (5,1% da população) vivem em área dominada pelo Terceiro Comando;
48,2 mil pessoas (0,7% da população) vivem em área dominada pelo Amigos dos Amigos.
Segundo o levantamento, até o fim de 2019, as milícias dominavam 25,5% dos bairros do Rio. O percentual representa 57,5% da superfície territorial da cidade, onde vivem 33,1% dos habitantes do município – ou seja, mais de 2 milhões dos cerca de 6,74 milhões habitantes calculados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Um levantamento feito pelo G1 em 2018 com um método diferente do usado pelo Mapa dos Grupos Armados também apontava que havia ao menos 2 milhões de pessoas vivendo em áreas dominadas pela milícia.
As facções do tráfico estão presentes em mais bairros da capital: 55, contra 41 das quadrilhas de milicianos, mas com uma população menor – há cerca de 1,5 milhão de habitantes nas áreas dominadas pelos traficantes.
O estudo mostra que o Comando Vermelho ocupa 24,2% dos bairros, o Terceiro Comando, 8,1%, e a também facção criminosa Amigo dos Amigos, 1,9%.
Somados, esses três grupos controlam, segundo o levantamento, 15,4% da extensão territorial do Rio.
Além disso, o mapeamento também mostra que pouco mais de um quarto do território (25,2%) ainda está em disputa pelos grupos criminosos.
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